Juventude

Por que o PSOL é o partido da juventude?


A juventude é um dos mais conturbados e ricos períodos da vida. É quando se entra no mundo do trabalho, quando ocorre um choque de visões entre o âmbito familiar e a sociedade, gerando um sentimento de contestação de valores, muitas vezes levando a um questionamento do sistema. É também o setor mais visado pelo mundo do consumo, bombardeado pela propaganda que padroniza a maneira de vestir e o modelo corporal, estabelece a ditadura das modas e, dessa forma, ensina de maneira massiva a não perguntar os porquês. Ao mesmo tempo, é colocado sem direitos ou perspectivas no mundo do trabalho, como um objeto descartável, afinal há tantos outros jovens e velhos querendo o seu lugar.
O jovem brasileiro de hoje é o que cresceu num mundo em que o capitalismo triunfou. Para ele foi ensinado que o socialismo era sinônimo de atraso e de autoritarismo, e que a democracia em que vivemos era o sistema político mais bem acabado de todos os tempos.  Por outro lado, participou ou tem referência nas multidões de jovens na rua  contra a corrupção no Fora Collor em 92. Também viveu os duros anos FHC, em que viu muitos dos seus direitos serem sucateados, as riquezas nacionais serem vendidas, como no escandaloso leilão da Companhia Vale do Rio Doce. Pode ser que tenha participado da campanha de Lula em 2002, acreditando que dessa maneira contribuiria para que um novo projeto fosse posto em prática.
Ele viu o PT degenerar nos anos que se passaram. Viu a aliança com o PL, e desconfiou. Depois veio Henrique Meirelles no Banco Central, a Reforma da Previdência retirando os direitos de seu futuro, a liberação dos transgênicos para os grandes latifundiários, a Reforma Universitária privatizando a educação. Veio Também a cooptação dos movimentos sociais, a política de conciliação e os programas assistencialistas: bolsa-família, ProUni, a domesticação da CUT e da UNE. O PSOL surgiu para ser uma alternativa para o jovem que quer lutar e não enxerga onde.
O PSOL é como o jovem brasileiro: pode não ter muita idade, mas sabe que dele depende sustentar as utopias que a “velha esquerda”, adaptada à ordem, fez questão de esquecer. O PSOL é jovem porque mesmo não tendo vivido como partido essa história, traz a experiência de quem passou por ela e não se adaptou ao mais fácil. O PSOL aparece como uma necessidade histórica de mostrar que é possível lutar, que é possível ser socialista sem se render, sem se vender. Porque nos últimos tempos a maior novidade é ser coerente e seguir lutando, com todas as dificuldades que encontramos e continuaremos a encontrar.
O mundo capitalista e neoliberal atinge em cheio esse jovem, lhe privando de cultura e emprego, direitos e prazeres – ele reage de diferentes modos, do hip hop ao movimento estudantil, dos sem terra aos punks, das feministas aos jovens sindicalistas, do movimento negro ao LGBTT. Ele é negro, mulher, homossexual, índio, sem-terra, sem-teto, quilombola, ribeirinha. Mora na cidade e no campo, e sofre com o desemprego e com a violência, com a situação da educação e da saúde, do transporte e da cultura. Essa é sua luta cotidiana. Essa é a luta do PSOL.
Enquanto todas as autoridades e partidos da ordem silenciaram com a morte de inocentes pela Polícia Militar, o PSOL foi o único a denunciar os abusos militares e a complacência dos governos, a defender os moradores da periferia, dos quais são os jovens os mais afetados. Também está na luta contra os desmandos de grandes empresas como Aracruz, Cargill e Monsanto, que atacam o meio ambiente e as culturas locais de norte a sul do país. Participa e ajuda a organizar a resistência cultural, produzindo e divulgando arte da periferia, organizando iniciativas e centros culturais. Esteve presente em todas as vitoriosas ocupações de reitoria nas universidades de todo o país, lutando contra o sucateamento e a privatização, em defesa da educação pública e de qualidade. Além disso, denuncia a corrupção e luta contra a impunidade, no parlamento e nas ruas.
Em cada uma dessas lutas, o PSOL se fez presente, e são muitas as que virão no próximo período: a resistência diária sem emprego e sem perspectiva, a luta contra as opressões. Para nós, entretanto, não é suficiente. Um novo partido que combate a velha política, um partido jovem e de jovens – essa é a alternativa que o PSOL traz para a juventude brasileira.
Por todos esses motivos, é que chamamos a Juventude de Pontal do Paraná, para vir junto conosco contruir uma alternativa para nossa sociedade, contestando os valores e as prioridades que nos são impostas constantemente, por governantes que estão a serviço de uma elite financiadora de campanhas politicas e não a serviço da nossa população.

* Filie-se ao Psol e Venha Construir essa Alternativa

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